Programação Completa do I Clique

Dia 25 de setembro 2008

Horário 16:00hs –18:30hs Mostra Livre de filmes documentários tendo por base pesquisa em acervo e museus – a exibição dos filmes será seguida de um debate com os pesquisadores do BIEV e Núcleo de Antropologia Visual – Laboratório de Antropologia Social - UFRGS

Hércules 56 (Brasil, 2006, 93min.) – 16hs

Direção e Roteiro: Silvio Da-Rin

Documentário sobre a luta armada contra o regime militar, focado no seqüestro do embaixador Charles Elbrick, ocorrido na semana da Independência de 1969. Em troca do diplomata, foi exigida a divulgação de um manifesto revolucionário e a libertação de 15 presos políticos, representantes de todas as tendências que combatiam a ditadura. Banidos do território nacional e com a nacionalidade cassada, foram conduzidos ao México no avião da FAB Hércules 56.

Tem Que Ser Baiano? (Brasil, 1993, 42min.) 17:33

Direção: Henri Gervaiseau

Produtora: Alô Vídeo

Sinopse: O vídeo mescla sequências de entrevistas e imagens do passado e do presente da comunidade nordestina em São Paulo. Depoimentos de migrantes nordestinos anônimos e famosos, como Lula e Luiza Erundina, misturam-se com entrevistas de habitantes da metrópole e de políticos paulistas conservadores. Completam esse painel discursos de políticos dos anos 30, manchetes de jornais, fotografias, músicas, vídeos e filmes.

Horário 18:30hs - Conferência de Abertura e exibição de documentário

Com a presença do documentarista Henri Gervaiseau

Exibição do Documentário “Em Trânsito” (São Paulo, 2005, 98min.) 19:50hs

Sinopse: A cidade de São Paulo tem 17 milhões de pessoas que, através dos mais variados meios de transporte, circulam diariamente por 1512 quilômetros quadrados. De casa para o trabalho, e vice-versa, são gastas horas todo dia. 15 pessoas que enfrentam este cotidiano diariamente dizem como lidam com este tempo de espera.

Direção, Roteiro e Produção: Henri Arraes Gervaiseau


Dia 26 de setembro

Horário 16:00hs –18:30hs Mostra Livre de filmes documentários tendo por base pesquisa em acervo e museus – a exibição dos filmes será seguida de um debate com os pesquisadores do BIEV e Núcleo de Antropologia Visual – Laboratório de Antropologia Social - UFRGS

Nós que aqui estamos por vós esperamos (São Paulo, 1998, 73min.) – 16hs

Direção: Marcelo Masagão

Leitura cinematográfica da obra Era dos extremos, do historiador britânico Eric Hobsbawm, a produção mostra, através da montagem das imagens produzidas no século XX e de uma música melancólica e penetrante composta por Wim Mertens, o período de contrastes entre um mundo que se envolve em dois grandes conflitos internacionais, a banalização da violência, o desenvolvimento tecnológico, a esperança e a loucura das pessoas. O título do filme vem do letreiro disposto em um cemitério localizado na cidade de Paraibuna, no interior do Estado de São Paulo, onde se lê, por extenso, Nós que aqui estamos por vós esperamos.

Noite e Neblina (França, 1955, 32min.) 17:15h

Direção: Alain Resnais

Realizado em 1955, a partir de um convite feito ao cineasta, pelo Comitê da História da Segunda Gerra Mundial, o filma tinha como objetivo, comemorar o segundo aniversário da libertação dos campos de concentração. Mas o impacto das imagens de Noite e Neblina, que ainda hoje assombram a humanidade, e do texto do escritor Jean Cayrol, um ex-prisioneiro do campo de Orianemburgo, suplantaram a sua intenção de memorial dos desaparecidos e transformaram-se num "dispositivo de alerta", contra o nazismo e todas as formas de extermínio. Mesclando imagens coloridas dos campos abandonados e filmes de arquivos, Alain Resnais nos dá, segundo François Truffaut, "uma lição de história, inegavelmente cruel, mas merecida".

A Cidade e o Tempo (Porto Alegre, 1970, 11min.) 17:50

Direção: Antônio Carlos Textor

Uma visão da Porto Alegre do início do século. Conjugando imagens do passado a um recitativo poético, o filme tenta, através do lento fluir das imagens e dos sons, reconstituir um clima que evoque o tempo perdido de uma cidade que já não existe.

Horário 19 h 00 - Simpósio e exibição de documentário

Simpósio: A pesquisa com imagens na construção da memória da cultura afro descendente em Porto Alegre

Conferencistas: Ana Luiza Carvalho da Rocha, Rafael Devos, Anelise Guterres, Viviane Vedana, Babadiba de Iemanjá.

Documentário Etnográfico "A tradição do Bará do Mercado Público” (Porto Alegre, 2008, 55min.)

Direção: Ana Luiza Carvalho da Rocha.

O documentário A Tradição do Bará do Mercado traz os relatos de 7 religiosos de matriz africana sobre o fundamento afro-religioso chamado O Bará do Mercado Público, a partir dos percursos e experiências urbanas desses negros na cidade de Porto Alegre. Os entrevistados: Adãozinho do Bará, Mãe Norinha de Oxalá, Mestre Borel, Mãe Maria de Oxum, Mãe Angélica de Oxum, Pai Nilsom de Oxum, Babadiba de Iemanjá integram a CEDRAB – Congregação em Defesa das Religiões Afro-brasileiras – fundada em 2004 por Mãe Norinha de Oxalá grande idealizadora do projeto. Como diretora do documentário está a antropóloga Ana Luiza Carvalho da Rocha, que coordena junto com Cornelia Eckert o Banco de Imagens e Efeitos Visuais, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, referência em antropologia visual no país por seu trabalho com memória coletiva. Buscando tornar mais conhecida uma antiga tradição cuja manifestação concreta são os rituais e práticas realizados pelos religiosos de matriz africana no interior e arredores do Mercado Público o documentário busca a construção de uma narrativa que permita ao espectador um passeio no tempo e nas transformações da cidade de Porto Alegre, do ponto de vista dos negros. Conforme a tradição, no centro do Mercado, no meio da encruzilhada que o funda está "sentado" o orixá Bará - entidade responsável pela abertura dos caminhos e pela fartura. Uma tradição que remonta o Mercado como um espaço de reconhecimento e reivindicação da população afro-descendente e da cultura negra da cidade de Porto Alegre. O documentário integra o projeto “Os Caminhos Invisíveis do Negro em Porto Alegre: A Tradição do Bará do Mercado” patrocinado pela Petrobrás através da Lei Federal de Incentivo a Cultura. Tem produção de Anelise Gutterres, Fotografia de Rafael Devos, captação sonora de Viviane Vedana e edição de Alfredo Barros. O projeto foi realizado pela Secretaria Municipal da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre em parceria com o CEDRAB.

Dia 27 de setembro

Horário 14 h as 18 h

Mini Curso com projeção de documentários (extratos): O filme como patrimônio da memória coletiva e a pesquisa em acervo fílmico para construção da memória da cidade.

Ministrante: Profa. Dra. Maria Henriqueta Credy Satt (PUCRS)

Local: Cinema Redenção

Dia 28 de setembro

Horário 14h as 18 h

Mostra Livre de Filmes Documentários com base em pesquisas em acervos e museus seguida de debate com os pesquisadores do BIEV – PPGAS - UFRGS

Museu da Maré – Memórias e (Re)Existências (Rio de Janeiro, 2007, 52min.) 14:10hs

Direção: Regina Abreu e Pedro Sol

Produção: Imagine Filmes / Departamento de Museus – IPHAN

O filme “MUSEU DA MARÉ: MEMÓRIAS E (RE)EXISTÊNCIAS” apresenta experiência gestada a partir do ponto de vista de quem nasceu, cresceu e experimentou a vida em comunidades da favela da Maré no Rio de Janeiro. Narrado por moradores envolvidos no processo de criação do Museu, o filme é um convite à reflexão sobre o papel social dos museus no fortalecimento de vontades de memória capazes de construir referências para uma população que inventou formas de (re)existir. Organizado em doze tempos, como um calendário ou um relógio, o Museu da Maré focaliza diversos aspectos da vida social: a migração, a água, o trabalho, a casa, a resistência, o cotidiano, a fé, a festa, a feira, a infância, o medo e o futuro. Depoimentos e imagens de arquivo retomam a história das favelas no Rio de Janeiro e dialogam com a memória de moradores sobre temas relacionados à inserção no espaço urbano. O filme inaugura a “Coleção Museus Visitados” concebida e coordenada pelo Departamento de Museus e Centros Culturais do IPHAN/MINC com o intuito de difundir para televisões, museus, universidades, empresas, entidades não governamentais, comunidades e movimentos sociais novas experiências de construção da memória social e de exercício do direito à cultura.

Mataram meu Gato (Rio de Janeiro, 2006, 16min.) 15hs

Direção: Ana Rieper e Maria José Alfaro

Produção: Raccord Produções

Tempo de duração em minutos: 16’

Entidade Patrocinadora: Petrobrás

Pesquisa desenvolvida por Mário Miranda Neto sob orientação de Simoni Lahud Guedes NUFEP e PPGA-UFF

Sinopse: Mataram Meu Gato é resultado da articulação de pesquisas costuradas ou empreendidas a partir de um esforço etnográfico na dita favela da Maré, Rio de Janeiro, que foi classificado como argumento para o filme . Ao se aproximar do GRES (Grêmio Recreativo Escola de Samba) Gato de Bonsucesso, a etnografia apontou pertencimentos reivindicados e transmutados em acusações em razão da origem dos primeiros moradores da Nova Holanda - uma dos localidades da Maré. Ocorre que a Nova Holanda, no contexto sitiuacional das chamadas “Remoções de Favelas”, se apresentava como um CHP – Centro de Habitação Provisória, que recebia pessoas das mais diferentes localidades. Como se não bastasse os fazeres da escola de samba se confundiam com os lugares de onde as pessoas vinham, revelando toda uma dinâmica social desta “favela do estado” por surgir de uma política pública confirmadora de uma segregação espacial na cidade do Rio de Janeiro.

En remontant la Rue Villin (França, 1992, 49min.) 15 :20hs

Direção: Georges Perec & Robert Bober

Documentário produzido a partir de 500 fotografias obtidas ao longo de várias décadas. O filme deseja documentar o desaparecimento deste lugar tão caro ao escritor Georges Perec, religando estes restos históricos à sua obra e à sua biografia. Os realizadores utilizam-se da escritura fílmica a fim de “nomear para salvar do esquecimento”. Perec, famoso escritor francês, parte de fotografias de época para buscar um reencontro com o bairro e a rua de sua infância, que foram transformados ao longo do processo de reurbanização parisiense.

Biografia de uma mina (Portugal, 1998, 45min.) 16:30hs

Direção: Filipe Verde

A história social e econômica da Mina de S. Domingos, desde a descoberta do filão até ao seu encerramento.

Rio de memórias (Brasil, 1992, 33min.) 17:15hs

Direção: José Inácio Parente

Realizado em 35mm/16mm em 1992, este documentário aborda a história do Rio de Janeiro e da fotografia de 1840 às primeiras décadas do século XX. As duas histórias se entrelaçam e se enriquecem mutuamente, fazendo do Rio de Janeiro uma das cidades mais fotografadas nesta época. A antropóloga Patrícia Monte-Mor participa da pesquisa e elaboração do roteiro.

Horário 19 h 00

Conferência: Porto Alegre em imagens: a pesquisa em acervo para mostrar o meu canto no mundo

Conferencista: Cicero Aragon e Jaime Lerner

Documentário Porto Alegre meu canto no mundo: sobre a capital dos gaúchos (Porto Alegre, 2007, 74min.) – 19:15hs

Direção Cicero Aragon e Jaime Lerner; Roteiro João Knijnik e Jaime Lerner; Duração 74 min; Ano 2007

Através da filmagem da reconstituição de cenas que retratam alguns momentos de épocas longínquas e presentes, levaremos os espectadores a uma viagem ao passado.

Contando com o relato de personalidades e de cidadãos porto-alegrenses apresentaremos o sentimento, a saudade de todos de uma Porto Alegre romântica, às vezes provinciana, que deixou saudades mas que ao mesmo tempo não para de atrair novos habitantes e de continuar a fasciná-los.

Compondo passado e presente através da utilização de fotos antigas, gravuras e filmes da história da cidade, Porto Alegre - Meu Canto no Mundo, de forma inédita será uma ferramenta de entretenimento e de história sobre a capital dos gaúchos.

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